quarta-feira, maio 25, 2011

No dia do Cigano, Recivil comemora ações sociais voltadas para as comunidades ciganas

Um dos objetivos do Recivil sempre foi o combate ao sub-registro em Minas Gerais, principalmente nas comunidades tradicionais. E neste rol não poderiam faltar as comunidades ciganas. No dia 24 de maio é comemorado o Dia Nacional do Cigano, e o Recivil presta uma homenagem relembrando suas ações sociais com o objetivo de combater o sub-registro do povo cigano.

A história da população cigana é marcada por perseguição e preconceito, mas é também rica em cultura. Segundo o cigano Zarco Fernandes, existem 1,5 milhão de ciganos no Brasil, 482 mil somente em Minas Gerais. Um dos grandes desafios dos ciganos é a falta de políticas públicas, principalmente nas áreas da educação, saúde e programas assistenciais.

Mas em relação ao registro civil de nascimento o Recivil tem feito sua parte. O projeto Cidadania dos Ciganos e Nômades Urbanos realizado pelo Sindicato em parceria com a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República foi lançado em 2009, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com o objetivo de combater o sub-registro nas comunidades ciganas do estado.

De lá para cá 36 etapas do projeto já foram realizadas nas cidades de Belo Horizonte, Contagem, Betim, Poços de Caldas, Juiz de Fora, Pouso Alegre, Muriaé, Barbacena e Uberaba. Mais de 1600 pedidos de segundas vias de certidões foram feitos, além de 84 registros de nascimento. Um deles foi o de Remunda Divina Soares, de 65 anos, que no dia 20 de janeiro de 2010 saiu do cartório de Registro Civil de Venda Nova, em Belo Horizonte, com sua certidão em mãos.

“Nunca tive oportunidade de conseguir o registro. Passamos muitas dificuldades por não ter documentos, como a carteira de identidade. Com o documento fica mais fácil conseguir atendimento médico”, contou. No mesmo dia, Fabiano das Graças Damasceno Cesário, de 18 anos, compareceu ao cartório com seu pai para ser registrado. “Se a gente não tivesse esta ajuda não teria jeito de conseguir o documento”, contou o pai do adolescente, Graminho Cesário.

No mês de novembro de 2010, o cigano Valdeir Feitosa, de 30 anos e pai de quatro filhos, conseguiu o registro das crianças após uma ação realizada pelo Recivil na cidade de Pouso Alegre. “Agora vou poder viajar de ônibus com meus filhos,” disse Valdeir na época.

Dando continuidade a estas ações, o Recivil espera contribuir com a cidadania do povo cigano e fazer o seu papel no combate ao sub-registro em Minas Gerais.

Fonte: Site do Recivil

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