quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Arion Toledo, Diretor da Arpen Brasil, alerta oficiais sobre riscos da classe durante Conarci 2011

No último dia do Congresso Nacional do Registro Civil, realizado em Belo Horizonte, o Diretor da Arpen Brasil e Vice-presidente do Instituto de Registro Civil do Paraná, Arion Toledo Cavalheiro Junior aproveitou a oportunidade do evento para alertar aos colegas sobre os riscos enfrentados pela classe.



Segundo Arion, os registradores devem manter-se atentos às mudanças constantes que vem assolando os serviços prestados pelos oficiais. Entre as preocupações do palestrante, a que mais chamou atenção dos ouvintes diz respeito a estatização dos cartórios. Segundo Arion, ainda não existe nada oficial, mas algumas informações indicam que esta seria a vontade do CNJ.

Para Arion, a estatização dos serviços cartorários seria um retrocesso num processo que vem dando certo há décadas. O diretor usou como exemplo serviços de documentação prestados pelo Estado e que não são modelos de agilidade e eficiência, como a emissão da Carteira de Identidade, Passaporte, CPF e outros.

“Alguns desses documentos levam mais de um mês para serem emitidos. Ao contrário, muitas das nossas serventias emitem a certidão e a documentação na hora. Qual cidadão aqui não enfrentou filas para tirar o CPF ou a Identidade? E depois disso, nós somos os arcaicos. Desafio a qualquer um aqui dizer qual desses serviços prestados pelo Estado é melhor do que o nosso,” questionou Arion.

Para exemplificar com mais clareza e propriedade os riscos que a estatização representa não só para a classe como também para toda a sociedade, Arion Toledo apresentou um levantamento realizado no Estado do Maranhão pelo jornalista Alexandre Lacerda e que virou reportagem especial para a revista do Irpen.

No Estado do Maranhão, uma central de registro de nascimento irregular delegada a funcionários públicos criou insegurança jurídica na sociedade e pode levar, somente em São Luiz, capital do Estado, cerca de 500 mil maranhenses a terem de refazer seus registros de nascimentos. Uma investigação foi instaurada pela Polícia Federal em parceria com a Corregedoria Geral de Justiça para levantar possível fraude previdenciária e eleitoral.



Para Arion, o Maranhão é o maior exemplo de que a estatização dos cartórios pode levar a documentação civil básica ao caos.

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